Recuperação da Cirurgia Cerebral
Chamamos de craniotomia ou cirurgia cerebral a operação cirúrgica em que se faz a abertura do crânio para poder acessar o encéfalo (parte do sistema nervoso que está contida nele, que possui como um de seus componentes o cérebro) ou os seus vasos sanguíneos.
O cérebro é responsável pelas nossas habilidades mais nobres: falar, mover-se de acordo com nossa vontade, raciocinar e usar a memória. A craniotomia, então, pode ser feita, por exemplo, para retirar um tumor localizado nele (glioma ou meningioma e etc), remover coágulos sanguíneos resultantes de hemorragias intracranianas ou coleções de pus (abcessos) ou até mesmo corrigir fraturas e danos após um trauma na cabeça.
A recuperação depois da cirurgia cerebral varia, portanto, de acordo com cada caso e traz uma experiência única para cada pessoa. Pode levar algumas semanas para que se recupere completamente de cirurgias menos invasivas e meses para recuperar-se de procedimentos maiores.
O mais indicado é dialogar com o seu médico para receber as orientações mais acertadas para o seu caso a respeito, por exemplo, de quando será seguro retornar ao trabalho e às atividades habituais. Dependendo do seu trabalho, pode ser necessário um tempo maior de recuperação: se você tem um emprego onde suas habilidades mentais são muito importantes, ou se você opera máquinas pesadas, por exemplo.
Uma orientação relevante de seu médico será a respeito do cuidado com a ferida cirúrgica: mantenha-a sempre limpa e seca. Pode ser útil pedir para alguém para verificar todos os dias para procurar sinais de exsudação ou infecção.
Torna-se imprescindível para acelerar o processo, lançar mão de diferentes profissionais de saúde, desde fisioterapeutas (traçam um plano de exercícios para ajudá-lo a melhorar seu nível de condicionamento físico – vale lembrar que o exercício regular é importante para manter a circulação nos membros e prevenir a formação de coágulos sanguíneos e exercícios de respiração profunda também são obrigatórios para evitar o desenvolvimento de infecções pulmonares), profissionais da terapia ocupacional (ajudam a descobrir maneiras de gerenciar seu dia a dia), fonoaudiólogos (caso tenha problemas com a fala e deglutição), nutricionistas (para ajudar com sua dieta), até enfermeiros (que pode ajudar no tratamento de feridas).
É importante, também, não deixar o seguimento pós-cirúrgico com o seu médico nas primeiras semanas e meses após o procedimento. Através dele, verificam-se os resultados da cirurgia e é possível assegurar que o problema não voltou.
Quando devo ir ao médico?
É importante entrar em contato ou visitar seu médico caso alguns sinais apareçam durante seu pós-operatório:
- Dificuldade para urinar ou perda do controle da micção;
- Confusão mental, sonolência anormal e dificuldade para permanecer desperto e acordado;
- Febre; náuseas e vômitos;
- Fala confusa, trocando palavras ou problemas para compreender comandos e comunicar-se;
- Rigidez de nuca ou dores de cabeça que estão cada vez piores;
- Dificuldade para caminhar ou movimentar os braços ou pernas;
- Convulsão.